Lágrimas.
  Escorriam pelo meu rosto, e eu mal sabia o porquê.
Ou sabia.
  Como falar para alguma pessoa, que você a ama mais do que ama a si próprio? Não saberia dizer. Ainda não sei. Só sei que é algo maior que amor. Algo que se expande pelo coração e o faz bombear sangue cada vez mais rápido, até que haja uma explosão desse sentimento sem-nome. 
E quem liga? Eu não.
  Essas lágrimas poderiam ser essas palavras. Aquele medo de perder algo que finalmente é meu. Um medo desnecessário, dizem as más línguas. Porque o que é verdadeiro nunca vai embora. O que é verdadeiro permanece. E que seja verdadeiro.
E que simplesmente seja.
  Não me importa mais nada. Não me importa o pensamento das pessoas. Porque eu sei, que no final do dia, elas estarão se perguntando o por que de não terem a mesma felicidade que eu tenho agora. Que eu finalmente alcancei. E a qual eu não abrirei mão. Não será como tentar pegar fumaça com as mãos, porque eu sei que dessa vez, vale a pena. 
Eu sei.
  Você não precisa dizer todas essas palavras, para eu ver o quão apaixonado está. Seus olhos te entregam, assim como os meus. Assim como os de qualquer pessoa. Qualquer pessoa que sente o sentimento sem-nome. Felicidade momentânea, ou não, é uma felicidade.
Não sei.
  Porque toda felicidade, momentânea ou não, é verdadeira e eterna enquanto durar. Aquele olhar puro e inocente, aquele olhar intenso e hipnotizador. Aquele olhar.
O seu olhar.
  Aqueles fatores que me fizeram cair sem medo, por saber que você estaria lá para me segurar. Seu sorriso, olhar, palavras, expressões, maneiras de se comunicar mesmo sem explicar nada. A sua perfeição imperfeita, a qual me faz sorrir involuntariamente. Que me faz suspirar. Você não precisa deixar de ser essa pessoa. Você não precisa de nada para ser incrível como é. 
Não precisa.
  Eu, por outro lado, só preciso de uma coisa.