segunda-feira, 25 de abril de 2011

Enjoy the silence.

Eu tenho palavras. Milhões delas. Versos de músicas, misturados ou em ordem, cantados com ou sem ritmo. Tenho voz, afinada ou desafinada, para transmiti-los a quem quer - ou não - ouvir. Tenho um olhar que pretende falar tudo o que pretendo, quando as palavras não são o bastante. Se este falhar, parto para o sorriso, muitas vezes sereno.
Assim, o silêncio nunca me pareceu um problema.
Mas aí, chega a hora em que meus olhos dão de encontro aos seus. É aí, que as palavras fogem, versos e rimas são esquecidos. É aí, que nenhuma comparação à nenhum tipo de coisa é possível, já que a intensidade daquele grande - e curioso - par de olhos é incomparável.
Assim, o silêncio começou a virar um problema.
Vira um problema inexplicável, daqueles que não há saída. Você transforma as palavras em silêncio, com sorrisos bobos e bochechas vermelhas. Risadas sem graça e tímidas. E isso te torna excepcional. Te torna um paradoxo, inexplicavelmente explicável.
Assim, já não me importo em ter um problema.


Ele virará solução, ao teu lado.
O grande fascínio que você causa em todos à sua volta, é incrível. Porque você (e necessariamente você) é incrível. E aonde estão as palavras? De quem cria esse fascínio, para quem é fascinado... Cria-se um buraco negro no qual tudo então já conhecido é sugado. E em seu lugar, o que resta é nada.
Ou você. Ou tudo.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

1502

Tenho mil palavras para descrever um olhar. Mais mil palavras por um sorriso. Outras mil para linhas do rosto, e outras infinitas para palavras, para uma voz. Na hora de falar: zero. Ficar em silêncio, apenas admirando todas as características que me fazem permanecer imóvel, sem reação. É uma coisa inexplicável, e ao mesmo tempo, uma coisa que explica tudo. Um paradoxo. O meu paradoxo. Uma razão para um problema, uma solução para os outros problemas. Um problema que mais é certo do que errado, onde não existe aquilo que é correto ou incorreto. Uma confusão naquilo que já é traçado.
É traçado porque o destino quis assim... Quero dizer, não há um porquê de eu ter me apaixonado por você. Apenas aconteceu. Se era para acontecer? Nunca saberei. Mas agradeço por ter acontecido. Nunca me arrependerei, e sei que viverei o máximo disso. Estou vivendo. Vivendo. Você me fez querer viver. Me fez ter ânimo para continuar. Acreditar no impossível-possível. Você foi a vírgula que eu precisava para continuar uma história com ponto final. Você.


Porque vale a pena esperar. Vale a pena cada esforço para não gritar um "eu te amo" pela rua. Vale a pena me segurar para não te abraçar, e nunca mais soltar. Vale a pena passar por tudo isso. Você vale a pena. E eu mal posso esperar o dia em que nunca mais irei dizer "até amanhã".

segunda-feira, 4 de abril de 2011

But I'll give you all I have.

Lágrimas.
Escorriam pelo meu rosto, e eu mal sabia o porquê.
Ou sabia.
Como falar para alguma pessoa, que você a ama mais do que ama a si próprio? Não saberia dizer. Ainda não sei. Só sei que é algo maior que amor. Algo que se expande pelo coração e o faz bombear sangue cada vez mais rápido, até que haja uma explosão desse sentimento sem-nome.
E quem liga? Eu não.
Essas lágrimas poderiam ser essas palavras. Aquele medo de perder algo que finalmente é meu. Um medo desnecessário, dizem as más línguas. Porque o que é verdadeiro nunca vai embora. O que é verdadeiro permanece. E que seja verdadeiro.
E que simplesmente seja.
Não me importa mais nada. Não me importa o pensamento das pessoas. Porque eu sei, que no final do dia, elas estarão se perguntando o por que de não terem a mesma felicidade que eu tenho agora. Que eu finalmente alcancei. E a qual eu não abrirei mão. Não será como tentar pegar fumaça com as mãos, porque eu sei que dessa vez, vale a pena.
Eu sei.
Você não precisa dizer todas essas palavras, para eu ver o quão apaixonado está. Seus olhos te entregam, assim como os meus. Assim como os de qualquer pessoa. Qualquer pessoa que sente o sentimento sem-nome. Felicidade momentânea, ou não, é uma felicidade.
Não sei.
Porque toda felicidade, momentânea ou não, é verdadeira e eterna enquanto durar. Aquele olhar puro e inocente, aquele olhar intenso e hipnotizador. Aquele olhar.
O seu olhar.
Aqueles fatores que me fizeram cair sem medo, por saber que você estaria lá para me segurar. Seu sorriso, olhar, palavras, expressões, maneiras de se comunicar mesmo sem explicar nada. A sua perfeição imperfeita, a qual me faz sorrir involuntariamente. Que me faz suspirar. Você não precisa deixar de ser essa pessoa. Você não precisa de nada para ser incrível como é.
Não precisa.
Eu, por outro lado, só preciso de uma coisa.


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