Tudo.
 Tudo o que eu preciso, tudo o que eu luto para conseguir, e me orgulho de possuir. Tudo o que é importante. Todas as pequenas coisas, todos os pequenos acontecimentos, palavras, lembranças. Tudo o que pra muita gente é nada. Tudo relacionado à uma pessoa. Tudo relacionado a 
Você.
 E então, depois de ter aberto a mente e de ter deixado você a invadir, abri meus olhos. Olhei a mesma folha, com as mesmas linhas em branco. A mesma caneta. Comecei a escrever palavras sem sentido, mas que faziam todo o sentido do mundo; desde que o leitor fosse você. Parei depois de ter escrito apenas três linhas, e reli aquilo mais de três vezes. Cheguei à conclusão de que tudo aquilo era desnecessário, nem em um milhão de palavras, eu ou qualquer mero mortal, conseguiria descrever as diversas sensações sentidas ao estar com você.
 As palavras nunca faltavam, mas naqueles momentos
o silêncio predominava.
Mas elas continuavam todas lá,
soltas no ar.
