terça-feira, 12 de outubro de 2010

High.


Seriam duas pessoas totalmente diferentes, em diferentes partes do mundo. Seriam dois corações partidos, pulsando repetidamente, somente por um propósito. Essas duas pessoas, essas duas almas, tinham pelo menos algo em comum: procuravam outra metade para completar o espaço vazio que agora preenchia seus peitos. O pior, era que estes não se lembravam como se sentiam antes de seus corações serem quebrados. Mas isso já não importava, certo?
Qualquer escapada do mundo real, no qual morremos a sós, seria bem-vinda. Aquele sonho, por mais que repetido, era importante. Assim como uma droga, eram usados repetidas vezes, até essa fome de ter alguém por perto espantando a solidão fosse cessada. E quando era.. A sensação de liberdade, mesmo viciados em seus próprios sonhos, era imensa. "Quanto mais alto se sonha, maior e mais dolorida é a queda", diziam pra mim. Nunca dei ouvidos à eles, ainda estou sonhando. E bem alto.
Você ainda pode roubar a metade do meu coração, que já se desprendeu à outra. Te prometo que farei o mesmo, e guardarei ao lado da que restou. Assim, essas duas almas se tornariam uma só, não é?

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Diznada.


Silêncio, escuridão. Nunca pensei que poderia sentir essas duas coisas de uma vez só. Estaria escuro, antes, mas não com esse silêncio, muito pelo contrário, com milhares de vozes familiares me dizendo o que fazer ou não. Não sei aonde elas foram parar mas sei que estas não estão mais comigo, me acompanhando. não conseguiria enxergar minha própria mão e por causa disso eu me daria conta de que a solidão que a escuridão traria era tão densa quanto o ambiente no qual eu estava.
Todos estão embriagados com uma melodia na qual ninguém quer entrar. Isso não quer dizer que quando entramos queremos sair, muito pelo contrário. Quando escutamos ela, a embriagez é tamanha na qual não queremos sair. Isso poderia ser chamado de ciclo vicioso, se não houvessem sentimentos ali. E era esse ciclo que eu por algum milgre queria sair. Naquele em que eu me contentava com simples memórias - que por sinal foram falsas - nas quais estavam cada vez mais embaçadas e fora de foco. Claro que um dia teria de ir para a reabilitação. então fui.
No começo foi difícil e não conseguia entender metade das coisas que já tinham passado por mim - cabeça, coração e alma - em que eu sentia tudo tão profundamente. Realmente o tempo cura tudo. Aliás, tudo não, apenas coisas passageiras, como a paixão. Com certeza o tempo não cura um coração partido pela razão de sua existência.
Por fim, falo tanto que acabo falando nada e assim, perco o sono e sonhos que eu possivelmente teria. Sonhos nos quais poderiam virar realidade. Apesar disso, não vejo problema algum em sonhar acordada e ciente disso. Olhar as estrelas, depois de olhar os espaços entre meus dedos, já deixou de ser rotina. É hora de acordar e ver que no mundo real, há aquela luz que todos falam.

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