segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Leaving.

Penso. Escrevo. Apago. Penso novamente, em outro assunto. Começo a escrever novamente, desviando do assunto anterior. Volto para o mesmo. Parece uma coisa que é simplesmente impossível de se ignorar, de fingir que está tudo bem, quando não está na realidade. Todo mundo se identifica com alguém, seja esse alguém mal, bom, tímido, extrovertido, etc. Eu já por outro lado, me identifico com textos, músicas, poesias. Pessoas, são difíceis de serem entendidas. Muitas delas mudam sem você ao menos perceber, e quando percebe, simplesmente é tarde demais.
Aqueles textos antigos, não são o meu forte, apesar de transmitirem um ar mais sério. Prefiro textos que falem do amor. Sim, aquele sentimento que todos já ouviram falar, e que poucos já sentiram. Se eu já senti? Creio que sim.. do meu jeito, que não é muito comum. Tenho esse problema, digo, de me comunicar sobre sentimentos com outra pessoa. Não gosto de me expor à ninguém que não mereça isso realmente.
As músicas, elas sim me lembram todas as pessoas - presentes e ausentes - em minha vida, até o momento. Trazem recordações, boas e ruins. Não gostaria de esquecer nenhuma delas, mas queria. Afinal, não são somente as más lembranças que nos fazem querer chorar, mas as boas, que sabemos que não ocorrerão novamente, também. E essas lembranças sempre chegam até mim das maneiras mais sutis, das maneiras mais delicadas. Assim como o vento que poderia bater em meu rosto, de manhã. Sei que ele não voltará para me buscar e levar com ele.
Como podemos ver, sempre volto ao mesmo assunto, e estou começando a me cansar disso. Memórias, saudade, amor. Já bateram à minha porta, agora, por favor, podem ir embora?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Tired.


As pessoas se cansam com tão pouco, se irritam com poucas coisas, e eu continuo aqui, paciente. Não entendo o porque de pessoas mudarem de uma hora para outra, afinal não sou um gênio ainda. Não sei ao certo o que ou quem sou, o que sinto. Não sei nomear as sensações e pensamentos que sempre estão aparecendo no meu cotidiano. E estou começando a não me importar com isso.
Gostaria de viver mais, digo, não saindo todo dia, mas apreciando as pequenas coisas que não via a tempos, como um abraço apertado, ou um sorriso sincero.. Aliás, sorrisos sinceros são raros, normalmente os sorrisos que todos vêem nas ruas estão escondendo uma vontade imensa de chorar. Ou talvez eu esteja errada, afinal, não conheço as pessoas.
Escrever escrever escrever, é somente isso que eu faço, e está começando a me dar nos nervos. Todos esses sentimentos escritos aqui, sem nenhum propósito.. Afinal, qual seria o meu propósito, o seu propósito? Não gostaria de saber, mesmo. Se não consigo entender ninguém a minha volta, como poderia entender a mim mesma? Por exemplo, pessoas me perguntam coisas que eu não sei responder, e quando não respondo, ficam bravas com isso. Não acho justo.
Por isso escrevo, talvez. Escrevo para descarregar a energia ruim que havia a tempos carregado, e mesmo sem entender que tudo o que escrevo aqui são apenas palavras, vou vivendo. Do meu jeito é claro.. Digamos assim, ''vivendo''.
Aprendi com os erros muitas coisas essenciais para meu auto-conhecimento, talvez. Aprendi a sonhar com olhos abertos. Aprendi que palavras não são nada sem atitudes, e que muitas vezes, as atitudes não são feitas, digo então, ''paciência''. Uma coisa que tenho de sobra.. Só não use isso contra mim, claro. Aprendi que podemos nos decepcionar, e que normalmente e principalmente quem nos decepciona é quem mais amamos.. Aprendi também que por mais que se ame alguém, você estará amando quem quer amar, e não a pessoa em si.
Outra coisa que aprendi, é que falo demais, quando na verdade não queria falar nada. Mas não importa, falaria tudo de novo.

domingo, 19 de setembro de 2010

Here we go again.


Hoje eu sonhei com você. Aquele sonho tão real, onde cada palavra dita foi a mais encantadora, onde cada abraço e olhar feitos foram marcados. E parecia real, um sonho no qual não seria justo acordar; te teria para sempre, ao meu lado.
Acordei, e coloquei meus dedos sobre minhas buchechas, molhadas por algum acaso.. Estava triste? Não, apenas tinha gostado do que sonhei, e fiquei alegre por ter sonhado com isso. Procurei desesperadamente meu celular, que deixava ao lado da cama, na esperança de ter algo com teu nome nele.. nada. Já havia me acostumado com aquela sensação estranha.. De ausência. E então disquei teu número, precisando ouvir pelo menos um 'alô' na tua voz cansada; claro que desligaria logo após, covarde, confesso.
A coragem estaria apenas no momento ou por toda vida? Haveria uma saída, encontrá-la no momento certo, para não haver erros dos quais você se lembrará para sempre. Acertos que cubririam de certo modo aqueles pequenos erros.. Bastaria eu dizer, que o amor não morreu, que nem por um segundo te esqueci. E não seria mentira.

Sei que amanhã, sonharei com você, e que a coragem não virá.. Mas não importa, poderia sentir tudo de novo e de novo.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Live.


Solidão não é estar sozinho, mas ver milhares de pessoas a sua volta e não encontrar aquela que te faz sentir vivo. Errar não é fazer coisas ruins, mas fazer com que os momentos depois dos mesmos sejam inesqueciveis. Sonhar não é fechar os olhos e pensar em algo impossivel, mas imaginar coisas que podemos fazer de olhos abertos, além de fazer o mesmo com eles fechados. Sentir saudade não é a ausência de alguém mas sim sua presença na mente. Se inspirar nao é despertar um sentimento momentâneo, mas sim encontrar em algo, ou alguém, aquilo que ninguém mais vai ter. Amar, por fim.. Não é olhos brilharem, nem mãos tremerem. Não saberia dizer o que é amar, a não ser mais uma palavra usada para rotular algo inexplicável, assim como todas outras palavras mencionadas em todos os lugares, apenas palavras.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Underwater.


Abaixo do teu campo de visão. Na escuridão que envolveu com silêncio meus olhos, a tal ponto que não conseguiria enxergar minha própria mão, fecho meus olhos. Além da escuridão, há a pressão da água que envolve meu pulmão com tanta intensidade, que simplesmente se torna uma anestesia. Olho para trás, e não te vejo, olho para frente, mesmo resultado.. fecho meus olhos, só encontro você. Não adiantaria gritar e deixar escapar os últimos suspiros que lutaria para segurar, se como já disse estou abaixo do teu campo de visão.. e audição também. Apesar de tudo, poderia sentir seu abraço, poderia lembrar da tua voz, mesmo como um sussurro, chamando meu nome no mesmo tom de quando disse adeus. E a escuridão se tornou mais intensa.
Precisaria de um último suspiro, aquela luz que somente encontraria em ti, para finalmente ver que entre meus dedos não haveria nada além daquela água que me envolvia. Ver que pelo menos ainda haveriam aqueles espaços, espaços que somente seus dedos encaixariam perfeitamente.

Ps.: Primeiro texto sem final. Talvez foi sem final, talvez não. Ainda estou abaixo d'água.

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